02/09/2022 - 3:00
A companhia aérea Latam, meio chilena, meio brasileira, está perto de deixar a dolorosa recuperação judicial nos Estados Unidos. Embora não tenha encerrado o processo do famoso Capítulo 11 (a Lei de Falências americana) até o final do ano passado, como previa o CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, o grupo afirma que vai sair até o final do ano.
A estratégia inclui US$ 8 bilhões de aumento de capital, emissão de títulos e novas dívidas, além de US$ 5,4 bilhões em garantias pelos principais acionistas, Delta Airlines, Catar Airways e Grupo Cueto.
Para relembrar, a Azul chegou a propor R$ 28 bilhões pela companhia, em 2021, mas a Latam resistiu à ofensiva do concorrente. Na nova versão do plano, o grupo atualiza a sua previsão de redução de custos de US$ 900 milhões para mais de US$ 1 bilhão por ano. Parte disso virá de transformações estruturais: renegociação de frota, ajuste de custos, fortalecimento de sua malha aérea e redução de sua dívida total em 36% com relação à dívida pré-pandemia, de US$ 18 bilhões. Isso porque a empresa aposta na recuperação do setor aéreo. Espera-se que em 2024 o grupo supere os níveis de 2019, chegando a US$ 11,5 bilhões em receita.
(Nota publicada na edição 1289 da Revista Dinheiro)