30/10/2020 - 13:00
Três das principais empresas negociadas na B3 divulgaram seus resultados na quarta-feira (28). A Vale (VALE3) lucrou R$ 15,62 bilhões no terceiro trimestre, triplicando os R$ 5,29 bilhões do segundo trimestre e avançando 138% em relação ao mesmo período de 2019. A alta dos resultados deveu-se ao aumento dos preços internacionais do minério de ferro. Em dólares, os lucros da mineradora presidida por Eduardo Bartolomeo avançaram 75,8%. O Bradesco (BBDC3; BBDC4), presidido por Octávio de Lazari, lucrou R$ 5,03 bilhões no terceiro trimestre, alta de 29,9% na comparação com o trimestre anterior, mas 23,1% abaixo do mesmo período de 2019. O resultado superou as expectativas do mercado, que eram de um lucro de R$ 4,53 bilhões. Segundo o banco, o resultado deveu-se à queda das despesas com a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que recuaram 37,1%. No entanto, a Petrobras (PETR3/PETR4) amargou o terceiro prejuízo seguido. A estatal presidida por Roberto Castello Branco perdeu R$ 1,546 bilhão no terceiro trimestre, um prejuízo 43% menor do que os R$ 2,71 bilhões de perda amargados no trimestre anterior. No terceiro trimestre de 2019 a petrolífera havia lucrado R$ 9,09 bilhões.
BANCOS
Santander: retorno como antigamente

O banco Santander divulgou um lucro líquido de R$ 3,81 bilhões no terceiro trimestre. Com isso, a rentabilidade patrimonial anualizada do banco foi de 21,2%, em linha com o patamar anterior à pandemia do coronavírus. A carteira de crédito subiu 3,8% no trimestre, para R$ 397,4 bilhões. Houve crescimento em todos os segmentos, com destaque para os empréstimos a pequenas e médias empresas, que avançaram 14,6%, para R$ 53,3 bilhões. A receita com tarifas cresceu 15,7%, após a queda de 8,5% no segundo trimestre.
TELEFONIA
Vivo reduz dívida
O lucro líquido da Vivo (VIVT3/VIVT4) cresceu 25,5% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 1,2 bilhão. A melhora nos resultados ocorreu apesar de a receita do trimestre ter caído para R$ 10,8 bilhões, baixa de 2,3% em relação ao mesmo período de 2019. Com isso, o lucro líquido acumulado em 2020 já superou R$ 3,4 bilhões.
DESTAQUE NO PREGÃO
Volta da Covid-19 derruba bolsas no Brasil e nos Estados Unidos

A quarta-feira (28) foi um dia tenebroso nos pregões ao redor do mundo. Em São Paulo, o Ibovespa fechou em queda de 4,25%, a maior desvalorização diária desde março deste ano, provocada pela primeira onda da pandemia do coronavírus. E o motivo foi o mesmo. A percepção dos investidores de que está em curso um recrudescimento do número de contaminações fez os preços desabar. As notícias assustaram o mercado. Na Europa, o governo alemão anunciou medidas restritivas na quarta-feira, seguindo uma decisão do governo francês. É bastante provável que medidas semelhantes sejam anunciadas por outros países nos primeiros dias de novembro.
Nos Estados Unidos, o número de infectados cresceu 500 mil em apenas um dia, fazendo com que diversas autoridades estaduais alertassem para o colapso dos sistemas de saúde. Essa piora na pandemia provocou uma queda de 3,53% no índice S&P 500, um dos piores dias em Wall Street. O que justificou a baixa nas ações foi a perspectiva de que as novas medidas de contenção e isolamento social vão cobrar um preço elevado dos resultados das empresas no quarto trimestre do ano, adiando a esperada recuperação da economia já para 2021.