Aos 83 anos, o estilista Karl Lagerfeld, famoso pela carreira na moda, quer continuar fazendo história – mas, agora, no mercado imobiliário. Assim como os italianos Giorgio Armani, que tem hotéis em Dubai e Milão; e Donatella Versace, dona do Palazzo Versace na Austrália e em Dubai; Lagerfeld pretende transformar Macau, na China, em uma passarela de seus empreendimentos.

Em parceria com a Brandmark Collective, plataforma de licenciamento holandesa, o designer anunciou o lançamento da rede Karl Lagerfeld Hotels & Resorts. Previsto para ser inaugurado no fim de 2017, o primeiro hotel do estilista estará localizado no Grand Lisboa Palace, que engloba hotéis, restaurantes e cassinos. Embora seja o primeiro grande empreendimento do alemão, o projeto não marca sua estreia no mercado hoteleiro. O estilista já desenhou quartos para hotéis como o Le Crillon, em Paris, Metropole, em Mônaco, e Schlosshotel, em Berlim.

De acordo com o CEO da Brandmark Collective, Tony Kurz, o empreendimento terá 270 quartos e está sendo projetado para agradar os hóspedes aficionados por jogos e moda. “Estamos construindo uma marca única que combinará design e serviços inovadores”, diz. Conhecida como a “Las Vegas da Ásia”, Macau também será palco de outras coleções imobiliárias do Kaiser, como Lagerfeld é conhecido. “Temos projetos que incluem restaurantes, residências e clubes privados”, afirma Kurz, que tem como foco inicial apenas o mercado asiático.

“A grife, em um primeiro momento, está olhando para destinos como Índia e Macau, que recebem bem esses tipos de projetos.” Para Gabriela Otto, professora do curso de Gestão e Estratégias do Turismo de Luxo, da ESPM, a entrada do estilista neste mercado tem tudo para dar certo. “Mais do que elevar o padrão desses empreendimentos, um grande nome por trás de projetos imobiliários cria uma experiência única ao consumidor, que é o verdadeiro luxo de hoje”, diz Gabriela. Pelo visto, a Ásia será a nova Paris de Lagerfeld.