Prestes a completar dois anos de vigência, o Novo Código Florestal ainda não surtiu os efeitos esperados. Muitos dispositivos não foram regulamentados, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Apesar disso, existem inúmeros fatores positivos quando se fala em meio ambiente no Brasil. Especialmente no que se refere à conscientização das pessoas sobre a necessidade de proteger matas, nascentes de rios e animais. Algo impensável há 50 anos. Hoje, a associação entre a preservação da natureza e as mudanças climáticas está mais do que clara. Até porque, ela pode ser sentida na pele. O Brasil, no geral, e São Paulo, em particular, enfrentam um longo período de estiagem.

A falta de chuva prejudica a recomposição do volume de água de reservatórios que servem para mover turbinas que geram energia e abastecem as estações de tratamento que garantem água potável para indústrias, escolas, hospitais e matar a nossa sede. Preocupadas com o tema, muitas em­­presas privadas vêm cada vez mais dando suas contribuições para a melhoria do meio ambiente (veja os links abaixo). Quer seja por meio do financiamento de ONGs preservacionistas ou através de ações diretas de redução do consumo de ativos da natureza. Uma iniciativa interessante nesta linha é assinada pela Vale, cuja principal frente de produção fica em Parauapebas, no sudeste do Pará.

Embora a água seja abundante na região, a mineradora vem trabalhando firmemente na diminuição do volume do líquido usado no processo de beneficiamento de minério. Em relação a 2008, já houve uma economia de 11 milhões de m3, o equivalente a de 47% de seu consumo anterior. A meta é ainda mais ambiciosa: dobrar esse patamar até o fim de 2016. O exemplo da Vale é, sem dívida, importante. Contudo, quando se fala em meio ambiente, é preciso considerar os demais aspectos que garantem o equilíbrio do planeta. Um deles é o efeito deletério do descarte irregular de resíduos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê a extinção dos lixões até o fim deste ano, tem sido vista como uma oportunidade para muitas empresas reafirmarem seus compromissos com o meio ambiente, distinguindo-as daquelas que meramente praticam a maquiagem verde, também conhecida como greenwashing.

Os bons exemplos vêm de empresas robustas como a catarinense Embraco, maior fabricante mundial de compressores para refrigeração, cujos programas ambientais foram reconhecidos como boas práticas pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). Estas iniciativas são selecionadas e apoiadas por meio do longevo Prêmio Embraco de Ecologia, que está entrando em sua 22ª edição, e cujo objetivo é financiar programas ambientais em escolas. “As crianças têm o poder de mudar comportamentos e atitudes, além de influenciar suas famílias”, afirma Emerson Zappon, diretor de operações da Embraco. Os cuidados com a fauna têm sido objeto da preocupação até mesmo de empresas do meio publicitário como a 6P Marketing e Propaganda, de Ribeirão Preto (SP).

Graças ao ativismo de seu sócio-diretor, Daniel Malusá, a agência criou o aplicativo Bee Alert, para smartphone, e campanhas de preservação de abelhas. Seu objetivo é fazer com que sejam adotadas políticas de proteção desses insetos no Brasil, a exemplo do que acontece na Europa. E os motivos não se devem apenas a razões sentimentais deste ex-apicultor. As abelhas atuam no que os especialistas classificam de serviços ambientais vitais para a preservação da humanidade. “Não ter essa preocupação é irreal”, afirma Malusá. “Só a polinização corresponde a 10% do PIB agrícola brasileiro.”

Confira as demais empresas do bem:

• AstraZeneca
• BV Rio
• 6P
• Apple
• GVT
• Vale
• Embraco
• Lanxess
Accor
HSBC

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Confira também as demais categorias:

• Saúde: Aposta na prevenção
• Educação: O que elas podem ensinar
• Mobilidade: Menos poluição e mais agilidade
• Tecnologia e gestão: Parcerias estratégicas