11/09/2015 - 20:00
Uma luxuosa festa de casamento agitou, no dia 2 de agosto, a cidade portuguesa do Porto. Em trajes de gala, alguns dos mais poderosos personagens do mundo do futebol circularam pelo salão. Entre eles, estava o melhor jogador de futebol do planeta bola em 2014, o craque português do Real Madrid Cristiano Ronaldo – que ofereceu uma ilha grega como presente de casamento aos noivos – e o ex-presidente do clube, Florentino Pérez, assim como o bilionário russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, atual campeão inglês.
Terminada a festança, o noivo, o português Jorge Mendes, não teve tempo para dedicar-se à lua de mel. Afinal, agosto é o mês em que os empresários de futebol mais fecham negócios. E, neste ano, Mendes foi quem mais movimentou dinheiro no ramo, durante a janela de transferência dos clubes europeus para a temporada 2015/2016, que se fechou no fim de agosto. A imprensa portuguesa estima que Mendes tenha negociado nada menos de € 400 milhões (R$ 1,7 bilhão) no período de transações deste ano.
O português esteve envolvido nos principais negócios do ano. Ele garantiu a mudança de clube do meio-campista argentino Di María, do Manchester United para o Paris Saint-Germain, por € 63 milhões. Algumas operações chamaram atenção pelo valor, excessivamente alto na opinião dos analistas. É o caso da que envolveu o jovem atacante francês Anthony Martial, do Monaco, vendido ao Manchester United. A promessa, de apenas 19 anos, vai custar aos ingleses € 50 milhões, com a possibilidade de aumento do valor para € 80 milhões de acordo com o seu desempenho.
É um resultado e tanto para o empresário de 49 anos, que começou vendendo cestos de vime numa praia próxima de Lisboa. A virada de sua vida aconteceu em 2002, quando convenceu Cristiano Ronaldo, ainda um jovem do Sporting Lisboa, que poderia representá-lo. Em 2014, Mendes intermediou a venda do colombiano James Rodríguez, para o Real Madrid, por € 80 milhões, a quarta maior quantia da história do esporte bretão. Dessa forma, ele consolidou a posição de empresário número um do futebol, que já pertenceu ao uruguaio Juan Figer, radicado no Brasil – que, nas décadas de 1980 e 1990, representou Diego Maradona e Careca.