Os empresários têm o hábito de discutir os projetos e investimentos de suas empresas a partir do último trimestre de cada ano. Nessa época, reúnem a diretoria e o conselho de administração e definem onde vão colocar seu dinheiro, com base nos cenários esboçados para o exercício seguinte. Em geral, eles examinam as previsões do PIB, avaliam o cenário de negócios global e os indicadores setoriais. A partir de 1º de janeiro, estão prontos para recomeçar um novo ciclo de 365 dias, sem se lembrar do ano que acabou e para cobrar de seus subordinados a execução dos projetos e das metas orçamentárias. 

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O problema é que, no caso de 2011, apenas virar a folhinha do calendário não é suficiente para garantir bons resultados. Muitos dos fatos que marcaram a economia, a política e os negócios não se encerraram neste ano. Os sinais que o passado nos envia serão fundamentais para entender e planejar 2012. Episódios inspiradores, como a Primavera Árabe, que varreu o Oriente Médio com um sopro de democracia, ou o movimento Ocupe Wall Street, que questionou as responsabilidades das instituições financeiras e dos governos na crise econômica de dezenas de países, ainda terão desdobramentos que vão afetar a forma como pensamos o mundo e, consequentemente, o desempenho dos mercados. 

 

Até fatos corriqueiros e aparentemente restritos a uma briga de sócios, como a disputa entre o empresário Abilio Diniz e o francês Jean-Charles Naouri, ambos sócios do Pão de Açúcar, podem ter influência na configuração de forças do varejo brasileiro. Por essas razões, DINHEIRO elaborou uma retrospectiva diferente. Em vez apenas de relatar os acontecimentos mais marcantes de 2011, olhamos para o passado para entender os seus desdobramentos nos próximos 365 dias. Nas próximas páginas, temas como a crise da Europa, a Apple sem Jobs, a reforma ministerial da presidenta Dilma Rousseff,  a queda dos juros e outros são retratados em uma perspectiva que aponta os rumos para quem quer começar 2012, mas sem esquecer o ano que ainda não acabou.

 

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Da reforma ministerial da presidenta Dilma Rousseff à morte de Steve Jobs, o fundador da Apple.

Entenda como esses acontecimentos vão influenciar os próximos 365 dias na vida de sua empresa