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O senhor IPO

 

O empresário Eike Batista, presidente do grupo EBX, se tornou um dos mais emblemáticos personagens da corrida de empresas à bolsa de valores. Em 2007, ano em que 64 companhias estrearam no mercado brasileiro de ações e captaram o recorde histórico de R$ 55,7 bilhões, Batista abriu o capital de sua divisão de energia, a MPX, e levantou R$ 2 bilhões. Um ano antes, com a MMX, de mineração, captara cerca de R$ 3,5 bilhões. 

 

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Eike Batista, em entrevista à DINHEIRO, sobre o tombo de suas ações

na bolsa: “Vamos ver quem vai rir por último”

 

Desde então, todas as empresas do mundo xis – como a companhia de logística LLX, a petroleira OGX e o estaleiro OSX, – seguiram o mesmo caminho. Batista colocou quase R$ 10 bilhões nos cofres de seu grupo. Atualmente, Eike não vive um caso de amor com o mercado de capitais. Neste ano, sua fortuna diminuiu em R$ 5 bilhões, por conta da queda das ações de suas companhias, em especial da OGX, cujos papéis perderam mais de 50% do valor, acompanhando um processo de desvalorização que afetou os setores imobiliário, aéreo, de energia e mineração. 

 

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Até a Bovespa entrou na dança

 

Embalada pela euforia nas bolsas de todo o mundo, a Bovespa abriu seu próprio capital no dia 28 de agosto. Foi uma estreia e tanto: mais de 50% de valorização no primeiro pregão, reflexo do interesse de investidores locais e internacionais. A captação da Bovespa, de R$ 6,6 bilhões, a maior do Brasil naquele ano, foi a quinta maior do mundo. O ranking global, em 2007, foi liderado pela Petrochina, que levantou US$ 8,5 bilhões em novembro, na Bolsa em Xangai. Em 2008, a Bovespa fundiu-se com a BM&F e passou a ser dirigida por Edemir Pinto (à dir.). A nova bolsa domina os mercados de ações e derivativos no brasil até hoje, mas trabalha com a hipótese de ter concorrência local no futuro.

 

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A mãe do PAC

 

“A Dilma é uma espécie de mãe do PAC”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referindo-se ao Programa de Aceleração de Crescimento, lançado em janeiro de 2007. 

 

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Foi comandando o ambicioso projeto, que previa investimentos de mais de R$ 500 bilhões nos setores de transportes, energia, saneamento, habitação e recursos hídricos, que a então ministra da Casa Civil foi capaz de se projetar no cenário político, credenciando-se assim para ser a candidata do PT à sucessão do próprio Lula. 

 

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El mariachi bilionário

 

O empresário mexicano Carlos Slim superou o americano Bill Gates e com uma fortuna de US$ 59 bilhões, se tornou o homem mais rico do mundo, posto que mantém até hoje.

 

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A fome do Leão

 

Com a criação da Super-Receita, que unificou a Receita Federal e a Receita Previdenciária, os contribuintes passaram a ter de prestar contas para uma única repartição, facilitando o combate à sonegação.

 

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O céu e o inferno de Murdoch

 

O empresário australiano Rupert Murdoch é temido e respeitado, como a maioria dos magnatas da mídia. O dono do grupo News Corp ficou conhecido pelas suas tacadas ousadas. Uma delas foi a compra da Dow Jones & Company, dona do tradicional jornal econômico The Wall Street Journal, por US$ 5 bilhões, em 2007. Mas seu império começou a ruir com o escândalo das escutas telefônicas clandestinas do tabloide News Of the World, no Reino Unido. O episódio enterrou a credibilidade de Murdoch e abalou seu império de comunicação.

 

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Corrida dos investimentos

 

No 10o ano da DINHEIRO, a bolsa acompanhou a empolgação de abertura de capital das empresas brasileiras e aproximou-se do CDI.

 

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Entrevista do ano


“No Brasil, existem muitos plantonistas da derrota”

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala à DINHEIRO durante o processo de concessão das rodovias federais:

 

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Como o sr. avalia os resultados do leilão de estradas? 

É fantástico. Isso mostra que o Brasil mudou. 

 

Quando a ministra Dilma Rousseff adiou o leilão e reduziu a margem de lucro, muita gente dizia que não haveria interessados. O que mudou?

No Brasil, existe muito do que eu chamo de plantonistas da derrota. É aquela gente que vive dizendo que nada nunca pode dar certo. Fizemos um processo de concessão bem planejado e melhor do que o governo anterior.

 

O sr. pretende privatizar mais?

O que houve foi uma concessão. E, se outras estradas vierem a ser leiloadas, isso será feito sempre com critério. 

 

Por mais que o sr. negue, muita gente ainda acredita que o sr. tentará um terceiro mandato.

Não existe essa possibilidade.