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Iraque, a mentira de uma guerra de verdade

 

Abalados com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, os EUA invadiram o Iraque sob o pretexto de que o país comandado pelo ditador Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa, algo que nunca se comprovou. Em apenas 21 dias, o governo do presidente Bush conquistou uma vitória avassaladora, com o apoio de 200 mil soldados e mais de 500 missões aéreas. A guerra, no entanto, fez cair ações e receitas de companhias aéreas, hotéis e seguradoras nos EUA. 

 

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Estátua de Saddam Hussein tomba em Bagdá: a guerra do Iraque custou US$ 500 bilhões

 

O pânico gerado deprimiu ainda mais a economia americana. A cada suspeita de um ataque químico terrorista nos EUA, o consumo de lazer e entretenimento desabava. Outro efeito foi a queda do comércio internacional. Desigual, o conflito aprofundou ainda mais os problemas do povo iraquiano e aguçou o antiamericanismo em todo o mundo. Saddam só viria a ser capturado em dezembro de 2003 e condenado à morte no final de 2006. Em 2008, o então candidato à Presidência americana, Barack Obama, culpou a Guerra no Iraque e os mais de US$ 500 bilhões gastos nela pela crise econômica no País. As últimas tropas americanas deixaram o Iraque no final de 2011.

 

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Bush, o senhor da guerra

 

O ataque ao World Trade Center serviu de pretexto para o presidente George Bush desencadear uma guerra ao terror. Em 2002, ele divulgou “A estratégia de segurança nacional dos EUA”, conhecida como “Doutrina Bush”, uma série de princípios de política externa. O documento abriu caminho para os americanos agirem militarmente, de maneira preventiva e antecipada, contra países que abrigavam terroristas. Eles foram chamados por Bush de o “Eixo do Mal” – Coreia do Norte, Irã e Iraque. As invasões do Afeganistão, em 2001, e do Iraque, em 2003, foram sustentadas por essa doutrina. Onze anos depois do 11/9, os americanos ainda são alvo de ataques terroristas mundo afora. 

 

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Olho Vivo 

 

A Telefônica e a Portugal Telecom (PT) criam a vivo, maior empresa de telefonia celular do Brasil. Comandada por Francisco Padinha, ela surge com 18 milhões de clientes. em 2010, a Telefônica assume o controle, pagando € 7,5 bilhões à PT.

 

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Último voo

 

Em outubro, o Concorde, o único jato comercial supersônico da história, fez seu último voo. O fim do Concorde começou a ser discutido no dia 25 de julho de 2000, data do primeiro e único acidente fatal da aeronave.

 

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Um médico na Fazenda

 

O presidente Lula justificou de forma simples a razão de escolher um médico para tomar conta da economia. “O Brasil está na UTI”, afirmou. Não por acaso, as primeiras medidas de Antônio Palloci no comando do Ministério da Fazenda foram amargas. Por conta de sua política de austeridade fiscal, ele e sua equipe eram alvos de críticas constantes das alas mais ortodoxas do PT, e do vice-presidente, José Alencar. 

 

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O mercado apreciava seu estilo conservador, que pavimentou o caminho para o crescimento da era Lula. Envolvido na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo, em 2005, deixou o governo. Voltou com Dilma em 2011, na Casa Civil, mas logo caiu sob acusações de enriquecimento ilícito.

 

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O consultor de alta plumagem

 

Surge um novo oráculo na praça. Com a agenda lotada de convites para palestras em grandes auditórios empresariais, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se transformou, sete meses depois de ter deixado o poder, num requisitado e regiamente pago consultor e conferencista. Sua atuação fora do poder se desdobrou, em 2004, no Instituto Fernando Henrique Cardoso, instituição sem fins lucrativos que fundou para reunir sua obra e propor discussões sobre o Brasil e a América Latina.

 

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Corrida dos investimentos

 

Com valorização de 235,23% desde 1997, os juros do CDI seguem na liderança no sexto ano da DINHEIRO.

 

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Entrevista do ano

 

O confisco, segundo Collor

 

Em entrevista exclusiva, o ex-presidente Fernando Collor de Melo quebrou o silêncio e falou, pela primeira vez, da medida econômica mais polêmica e traumática da história recente do Brasil: o confisco da poupança, em 1990. Em 2006, ele foi eleito senador pelo Estado de Alagoas. 

 

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Como, quase 14 anos depois, o sr. avalia a decisão de confiscar as economias dos brasileiros? 

Em primeiro lugar, não houve confisco, pois não nos apropriamos do dinheiro. Foi tudo devolvido. O que fizemos foi um bloqueio de ativos. É muito difícil, como protagonista, fazer um balanço como esse com pura isenção. Fizemos o que tinha de ser feito. 

 

Como foi a sua expectativa antes do confisco?

Uma angústia muito grande. Eu perguntava à Zélia se não daria para liberar o pequeno poupador, o aposentado. Foram feitos vários exercícios. Mas ela me dizia algo que me tranquilizava.

 

O quê?

Que meus eleitores, os pés descalços, os descamisados, estes não tinham conta em banco. Estavam fora do sistema.