Confundir japoneses com chineses ou coreanos – e vice-versa – é um equívoco tão grave quanto chamar um árabe de judeu ou um brasileiro de argentino. No entanto, quando se trata de interesse pela economia brasileira, os asiáticos têm muito em comum. Todos eles, em épocas distintas, enxergaram no País um campo de grandes oportunidades e chamaram a atenção pelo volume de investimentos. Os primeiros a desbravar o mercado nacional, e a desfazer o receio a marcas nascidas fora do eixo EUA-Europa, foram os japoneses. Em 1959, a japonesa Toyota era uma das montadoras pioneiras no Brasil. Três anos depois, com a inauguração da fábrica de São Bernardo do Campo, a empresa passou a montar o “quase indestrutível”, segundo seus proprietários, o jipe Bandeirantes. 

 

1.jpg

 

 

A experiência bem-sucedida da marca abriu caminho para, anos depois, especialmente a partir dos anos de 1970, as compatriotas Honda e Yamaha iniciarem a produção de motos. Uma legião de outras companhias nipônicas se instalou no Brasil e passou a ocupar uma posição de destaque no mercado. Uma delas foi a Sony. Em 1972, a empresa desembarcou em Manaus e contribuiu para consolidar o conceito de “eletrônicos para a vida toda”. Mas como nem tudo é para a vida toda, os japoneses tiveram de aprender a disputar os consumidores brasileiros com chineses e coreanos. Nos últimos 15 anos, período em que a DINHEIRO circula no mercado editorial brasileiro, empresas como as sul-coreanas Samsung, LG, Hyundai e Kia, e as chinesas Chery, JAC, Huawei, ZTE e Sany tiveram seus nomes estampados nos rankings de diversos setores da economia. Antes vistas com desconfiança pelos brasileiros, hoje são reconhecidas como concorrentes dignas de disputar com espaço com os japoneses.