O fim da inflação e o despertar do consumo para a ampla maioria da população confirmaram o que empresários, acadêmicos e o cidadão comum há muito tempo desconfiavam: o Brasil é a nova pátria do empreendedorismo. O País conta hoje com mais de 20 milhões de empreendedores em estágio inicial de desenvolvimento, segundo o Global Entrepeneurship Monitor, mais respeitado indicador mundial sobre livre iniciativa. É a maior taxa registrada entre os países do G20. De 2009 para cá, mais de dois milhões de brasileiros se lançaram ao desafio de abrir o próprio negócio. Para muitos investidores de primeira viagem, o dilema começa na própria escolha do negócio. É nesse jogo de risco e oportunidade que o franchising brasileiro vem se tornando uma alternativa para os novos empreendedores e florescendo como referência mundial. 

 

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Os dados são impressionantes: somente no ano passado, o setor de franquias registrou a abertura de 18 novos negócios por dia no Brasil. Em 1997, quando a DINHEIRO foi lançada, o quadro era bem diferente. Ter uma franquia era algo próprio de empresário experiente e capitalizado. “Naquela época, o mercado ainda estava concentrado em grandes grupos, capazes de bancar investimentos pesados”, afirma Ricardo Camargo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Franchising . “O cenário econômico favorável mudou completamente a situação.” Quinze anos depois, são os pequenos franqueadores que respondem pela maior fatia do bolo e começam a enveredar por todo o território nacional, pegando carona no aumento da renda das classes C e D. O sonho de criar uma rede global aos poucos vai tomando o caminho de volta. “Temos uma China aqui dentro de casa”, diz Alexandre Costa, fundador da Cacau Show.