O plantio massivo de mudas de árvores em espaços que ainda não foram urbanizados ou tomados pela agropecuária pode ajudar o mundo na batalha contra o aquecimento global. Isso é o que afirma um estudo publicado na segunda-feira 5 pela revista americana Science.

Por meio de um conjunto dados globais, da observações de florestas e do software de mapeamento Google Earth Engine, um grupo de cientistas concluiu que seria preciso plantar 1,2 trilhão de mudas — quatro vezes mais do que a quantidade existente hoje na Floresta Amazônica — para reduzir em 25% os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Isso representaria a volta aos padrões do início do século 20. Mas vencer essa luta não é tarefa das mais simples. Será necessário um esforço coletivo entre governos, organizações, empresas e pessoas físicas. Segundo o estudo, há um total de 1,8 bilhão de hectares com poucas alterações causadas pela atividade humana e que poderiam ser transformadas em florestas.

O principal objetivo da pesquisa é descobrir formas para limitar o aumento do aquecimento global em 1,5 grau Celsius até 2050, objetivo estabelecido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU).

(Nota publicada na Edição 1129 da Revista Dinheiro)